Pacientes

A alergia a medicamentos

As reações alérgicas pelo consumo de medicamentos são reações produzidas pela toma de um fármaco, de forma imprevisível.

É a terceira causa de atendimento nas consultas de alergologia, representando entre 5% e 10% do total das reações adversas a fármacos de origem alérgica. Os seus efeitos adversos podem ir desde uma erupção cutânea, ardor, inchaço dos lábios e língua, até uma reação anafilática.

Perante a suspeita de aparecimento de uma reação adversa inesperada devido ao consumo de um fármaco, o especialista realizará um estudo alergológico para conhecer e/ou confirmar o fármaco causador da reação.

As reações alérgicas a medicamentos são a terceira causa de atendimento numa consulta de alergologia.

O que é a imunoterapia e como se administra

A imunoterapia, também conhecida como vacinas para a alergia, consiste na administração de doses progressivamente crescentes do alergénio ao qual o doente está sensibilizado, tentando conseguir uma estimulação da imunidade e que o doente tolere uma exposição natural.

É realizada com o que se denomina extrato alergénico que se obtém a partir da fonte natural do alergénio: pólen, ácaros etc.

Foi comprovado que tem um efeito preventivo sobre o aparecimento de novas sensibilizações a alergénios e sobre a possibilidade de a doença progredir, de padecer apenas de rinite sem complicação com asma.

Pode ser realizada por via subcutânea, injetável ou por via sublingual.

Está indicada para a rinite e a asma, assim como para a alergia à picada de abelha ou vespa. Desta forma, é possível tratar a alergia a pólenes, ácaros, epitélios de animais e fungos.

Normalmente, não está indicada para a alergia a alimentos. Neste caso, a melhor opção terapêutica continua a ser a evitação. No entanto, em alguns casos, pode definir-se um tratamento através da indução de tolerância oral a determinados alimentos, como leite ou ovo.

imunoterapia é composta por duas fases: fase de iniciação e fase de manutenção . Na fase de iniciação, são administradas doses progressivamente crescentes do extrato de alergénio com uma frequência semanal, até alcançar uma dose eficaz que produza uma estimulação do sistema imunológico sem produzir sintomas de alergia. A partir daqui, entra-se na fase de manutenção, na qual esta dose é administrada a cada 4 semanas, durante um período de 3 a 5 anos.

Atualmente, existem produtos que permitem encurtar bastante a fase de início e alcançar a dose de manutenção num dia, sendo necessárias unicamente injeções mensais e, assim, tratamentos muito mais cómodos para o doente.

Os efeitos benéficos sobre os sintomas podem surgir a partir dos três meses de tratamento, mas o mais habitual é que se notem quando passado mais alguns meses, na fase de manutenção.

As vacinas da alergia, ou imunoterapia, são o único tratamento que trata as causas da doença alérgica.

Diagnóstico da alergia

O primeiro elemento diagnóstico que os especialistas utilizam para diagnosticar a doença alérgica é a história clínica, onde recolhem, entre outras coisas, os sintomas e a sua possível relação com os alergénios, as características relevantes presentes no domicílio do doente, assim como a existência ou não de antecedentes familiares.

Posteriormente, e orientados pela história clínica e o exame físico, são realizados testes cutâneos. Nestes é reproduzida uma reação alérgica na pele através da inoculação dos alergénios suspeitos. A técnica mais utilizada é a punção, técnica que consiste em depositar uma gota do alergénio na pele, realizando uma punção a posteriori.

Em alguns casos, dependendo do alergénio e/ou do quadro clínico, é utilizada a técnica de reação intradérmica, na qual se introduz uma pequeníssima quantidade do alergénio na pele utilizando uma seringa de insulina.

Ambos os testes são realizados no lado anterior do antebraço, sendo a leitura realizada após 15-20 minutos e é sempre realizado um teste com um controlo negativo e um controlo positivo para estabelecer um controlo de comparação.

Por vezes, como teste complementar, explora-se a existência de anticorpos IgE no sangue, quantificando a IgE específica a um determinado alergénio ou a alguma proteína que faz parte do mesmo.

Quando não é possível confirmar o diagnóstico com os testes anteriores, recorre-se a testes de provocação, nos quais se tenta reproduzir a possível reação alérgica no órgão de choque: nariz, conjuntiva, brônquios, administrando o alergénio de forma muito controlada.

O diagnóstico da alergia é realizado principalmente através de uma boa história clínica, testes cutâneos e análises ao sangue.

Tratamentos da alergia

Uma vez diagnosticada a alergia, existem diferentes tipos de tratamento:

Medidas de evitação ambiental

A primeira medida para evitar que se desencadeie uma reação alérgica é a prevenção, ou seja, evitar o contacto com o alergénio causal. Mas esta medida nem sempre é possível, sobretudo no caso da alergia respiratória.

Tratamento sintomático

Outras medidas seriam o uso de fármacos para o tratamento dos sintomas. Os medicamentos utilizados mais frequentemente no processo alérgico são os anti-histamínicos, corticoides, descongestionantes nasais, colírios, etc. Quando se tomam estes medicamentos para o tratamento da doença alérgica, os sintomas são controlados de forma temporária.

Imunoterapia ou vacinas para a alergia

As vacinas de alergia, ou imunoterapia, são o único tratamento da doença alérgica disponível no mercado, tratando a doença desde a causa do problema. Com este tratamento, além de aliviar os sintomas da alergia e diminuir a quantidade de medicamentos a tomar, é alterada a evolução natural da doença.

Os três pilares do tratamento da alergia são: evitar o alergénio, tratamento dos sintomas e vacinas de imunoterapia.

Quais são as causas da alergia

As doenças alérgicas são uma das doenças crónicas mais frequentes. A nível mundial, os especialistas estimam que entre 30% e 40% da população seja afetada por uma ou mais doenças alérgicas.

Atualmente, estima-se que existam 10 milhões de alérgicos em Espanha.

Principais alergénios que causam alergia

Existem matizes relativamente à idade, por exemplo, as alergias a alimentos e a dermatite são mais frequentes na população pediátrica e, à medida que a criança vai crescendo, vão aparecendo os diferentes problemas respiratórios: rinite e asma. Este processo foi designado por “A Marcha Alérgica”.

O pico máximo de incidência da alergia situa-se entre os 14 e os 24 anos.

Em Espanha, os alergénios alimentares mais importantes são o leite de vaca, o ovo, o peixe e os frutos secos. Em muitas crianças, as alergias alimentares são transitórias e desaparecem à medida que o doente cresce.

Relativamente aos alergénios inalados, existem alergénios que denominamos de interior: tipicamente  ácarosepitélio de animais , em menor medida, fungos e alergénios de exterior que são basicamente os pólenes e esporos de fungos.

Em geral, o indivíduo desenvolve alergia aos alergénios a que está mais exposto e isto nota-se principalmente nos pólenes. A alergia ao pólen depende dos pólenes que existam na área geográfica do doente alérgico.

Por que está a aumentar a prevalência da alergia

Em geral, para desenvolver uma doença alérgica existem, dois fatores fundamentais: carga genética e exposição ambiental.

Nos últimos anos, as doenças alérgicas têm aumentado consideravelmente e isto não se explica por alterações genéticas, que são muito lentas, por isso, seriam os fatores ambientais os responsáveis pelo desenvolvimento da doença alérgica

Outros motivos são:

  • A crescente poluição ambienta é outro possível motivo do aumento das doenças alérgicas, já que se acredita que alguns contaminantes, como os gases gerados após a combustão dos motores diesel, aumentam as possibilidades de sensibilização.
  • O estilo de vidaO estilo de vida também é um fator, já que a população está mais tempo exposta a contaminantes dentro de casa, como fumo de tabaco ou alergénios como os ácaros.
  • A não exposição a agentes infeciosos e o tratamento antibiótico. O sistema imunológico não amadurece quando não é estimulado e reage produzindo doenças alérgicas e autoimunes.

Qualquer substância natural pode produzir alergia, seja através da respiração, da ingestão ou do contacto. Esta substância denomina-se alergénio.

Mas que substâncias podem provocar alergia?

Qualquer substância natural pode causar alergia no nosso organismo; essa substância denomina-se alergénio e os principais agentes causadores do processo alérgico são:

ÁCAROS: São pequenos "bichos" de tamanho microscópico que vivem nas casas e se encontram no pó doméstico e na superfície dos objetos. Alimentam-se das nossas células mortas e de qualquer tipo de proteínas do ambiente e causam reações alérgicas numa percentagem elevada da população.

PÓLENES: São grãos microscópicos que se encontram nas flores das plantas, são transportados pelo ar e, quando inalados, produzem reações alérgicas. Os mais frequentes são:

  • -Pólenes de gramíneas
  • -Pólenes de plantas
  • -Pólenes de árvores

FUNGOS: São um grupo de seres vivos que se desenvolvem sobre qualquer superfície e que se reproduzem através de esporos, que são disseminados principalmente pelo vento e causam aproximadamente 10% da asma de origem alérgica..

ALIMENTOS: AQualquer alimento ou condimento de um alimento pode desencadear uma reação alérgica.

VENENO DE HIMENÓPTEROS: Os principais causadores de alergias por picadas são as abelhas e as vespas. Podem causar reações como inchaço, ardor, podendo desencadear reações graves e, em alguns casos, anafilaxia.

EPITÉLIOS ANIMAIS:As substâncias presentes no pelo de certos animais podem causar alergia. Entre os animais mais alergénicos encontram-se os gatos, os cães e os cavalos.

MEDICAMENTOS: Qualquer fármaco pode provocar alergia. Deverá evitar-se a ingestão de medicamentos suspeitos de serem causadores de uma reação alérgica e informar o especialista da suspeita reação desencadeada, para que seja iniciado um estudo alergológico.

Os pólenes, ácaros, fungos, alimentos, venenos de himenópteros, epitélios e medicamentos podem ser substâncias causadoras de uma reação alérgica.

CONTATO EU ENCHER AS SEGUINTES INFORMAÇÕES

Os seus dados pessoais serão tratados pela Diater Laboratorio de Diagnóstico y Aplicaciones Terapéuticas, S.A. com a finalidade de dar resposta às questões colocadas pelo Utilizador através deste canal. O Utilizador poderá exercer os seus direitos de acesso, retificação, eliminação, portabilidade, limitação, oposição e o direito a não ser objeto de decisões individuais automatizadas. Para mais informações, consulte a nossa Política de Privacidade.

security image